12 de março de 2010

Cross Over Star Trek e Star Wars

COMO CHEGUEI A ISSO?

Bom, no longínquo ano de 1988 a Globo lança a Tela-Quente. O filme de estréia é o ícone da ficção científica: O Retorno de Jedi.
Assim que vi aquela fabula espacial, pensei: Quero ser isso quando crescer! Era uma era de trevas ainda, quem ninguém sonhava com celulares e internet. Eu tava aprendendo a desenhar. Mas genialidade de George Lucas me fez ver que o cinema era muito mais que os Trapalhões e Jerry Lewis. (Que são grandes filmes por sinal)
Pouco tempo depois, fui apresentado a Star Trek, aqui no Brasil Jornada nas Estrelas. Meu velho pai já era fã dessa outra grande saga espacial e pela genética virei fã também.
Daí pensei: como uma série pode ser tão boa como o filme de Lucas? Sem ser cópia uma da outra? Outro grande gênio Gene Rodenberry. Kirk, Spock, Maccoy e sua trupe nos levava a imaginar outro mundos com cenários de papelão e tecnologia do futuro dos anos 60.
Grande parte da minha nerdisse devo a essa gente, dali pros quadrinhos foi fácil.
O tempo passou e essas coisas não saem da cabeça. Lendo gibi, especificamente um dos muitos cross overs, da Marvel e DC,Vingadores e Liga da Justiça, me veio um estalo: Como seria se o pessoal do Luke encontrasse o pessoal do Kirk. Já tinha visto os mutantes dos X-men fazerem isso, mas Star Wars nunca.
Então comecei a escrever algo que eu gostaria de ver. Essas maluquisses de nerd e fã.
Posicionei os universos entre os episódios 5 e 6 de SW e a tripulação clássica da USS enterprise.
E como é impossível ser Nerd sozinho, decidi compartilhar essa história com os amigos e inimigos.

(Friends from other country, brief a english version, thankyou).
Obrigado pela atenção e que a força nos leve onde ninguém jamais esteve.


STAR TREK e STAR WARS
A Força e a Fronteira Final
(por Fabio O de Souza)

TOMO 1

- Sr. Sulu direcione a energia dos fazers para os escudos inferiores...
- Já tentei, Capitão...Não está dando certo...
A frase final é abafada pelo ensurdecedor estrondo causado pelos disparos de três aves de rapina Klingon.
- Capitão, a situação nos reatores não é das melhores. Perdemos quarenta por cento da força de dobra.
- Faça o melhor que puder, Scott. Spock, as avarias...
- A fuselagem não resistirá a outros disparos dessa magnitude, senhor.
- Tenente Uhura, abra um canal com uma mensagem de nave sendo atacada em todas a freqüências. Assim eles pensarão que estamos muito desesperados... o que não é de todo mentira – Sussurra o capitão para si mesmo o final da frase.
- Isso nos dará alguns preciosos segundos. – Conclui James T. Kirk. – Sr. Sulu...
Mas um disparo é feito, atingindo devastadoramente um dos propulsores da USS Enterprise.
- Sr. Sulu, aumentar velocidade de dobra.
- Capitão, já estamos em dobra nove... Um nível acima da velocidade máxima. – Diz o oficial.
- Capitão, os cristais de Dillitiun estão quase exauridos. Estamos sem força disponível. – fala pelo comunicador o oficial de engenharia Scott. – Não temos energia sobrando...
- Fale, Sr. Spock.
- As naves Klingon estão assumindo posições Delta. Significa...
- Que eles querem dar o tiro de misericórdia. Ninguém conhece esses miseráveis como eu, Spock... – exclama Kirk.
- Capitão, estamos saindo dos limites da galáxia, onde a federação não tem poder. O posto avançado mais próximo fica a trezentos e cinquenta anos-luz daqui. – afirma o oficial de navegação Chekov.
- Sr. Sulu, quero dobra 10!
- Não temos energia, senhor...
- Temos sim. Desvie a força dos fazers para o centro de energia. Scott...
- Aqui, Capitão.
- Inverta o fluxo dos cristais para amplificar a força dos fazers... Isso nos dará mais cinqüenta por cento na capacidade de dobra. Os cinqüenta restante ative os escudos frontais. Assim garantimos que ela não vai se partir ao meio.
- Capitão, ela pode não suportar. Os cristais podem se converter em antimatéria... – Tenta argumentar o oficial de engenharia.
- Temos que correr o risco, Scott.
Segundos depois.
- Está feito, senhor. – conclui Scott.
- Sulu, agora... Dobra dez!
-As naves Klingons armaram seus canhões. Disparando em quatro, três, dois... – antes do oficial de ciências Spock completar a sua contagem a nave de pesquisa e exploração USS Enterprise atinge a velocidade que nenhuma outra nave da federação de planetas ousou sonhar em atingir.
Porem, o inesperado acontece, a extrema velocidade da nave em fuga e os disparos das naves Klingons geraram um fenômeno eletro-magnético.
- Spock, situação. – Pergunta o capitão James Kirk.
- Difícil ainda de definir, senhor...
Uma imensa turbulência, que estremece toda a nave impede que as vozes sejam ouvidas dentro da ponte de comando da Enterprise. Os segundo que seguem tornam-se eternos devido ao medo que é acometido a tripulação.
- Senhor, é possível que tenhamos ido mais longe do que pretendíamos. – sugere Spock.
- Chekov, algum sinal dos Klingons?
- Não, Senhor. Pelo menos não parece... Os instrumentos não estão muito confiáveis... – justifica o oficial.
- Ten. Uhura, algum sinal de freqüência da federação ou alguma nave.
- Não, Capitão. Nada está sendo captado.
- Sr. Spock, poderíamos estar em algum tipo de Vortéx ou uma nebulosa magnética?
- Pouco provável, Capitão. Mas os computadores também não podem nos dar uma localização de onde possamos estar.
- Capitão.
- Diga, Scott.
- Os cristais de Dillitiun se esgotaram. Estamos apenas movidos pelos propulsores de apoio. – explica o engenheiro.
- Sr. Chekov, deixe a nave parada e corte todos os suprimentos de energia. Deixe apenas os essenciais e para enfermaria.
- Capitão.
- Sim, Spock...
- Descartando os instrumentos da nave, calculei que talvez não seja “onde” estamos e sim “quando”. É possível que não tenhamos nos deslocados apenas em distancia de dobra, mas também no tempo-espaço.
- Esta dizendo que podemos ter viajado ao futuro? – questiona Kirk.
- Ou para o passado. Talvez não o de nossa realidade mas de um outro universo. Ainda preciso calcular melhor pra confirmar minha teoria – conclui Spock.
- Faça isso, Spock.
- MALDIÇÃO, JIM! O minha enfermaria está parecendo o sistema de saúde sul americano do século 21... temos mais feridos do que tripulação. O que aconteceu a Enterprise? – Nesse momento se manifesta o Dr. Mccoy, oficial médico-chefe da nave.
- Magro, faça o melhor por nossos amigos. Ainda não sabemos o que aconteceu... –Tranqüiliza James seu oficial e amigo de longa data.
- Capitão, estamos com algo em nossos radares.
- Aves Klingons, Spock?
- Não, senhor. Naves desconhecidas dos bancos de dados da federação.
- Meteoros ou algum outro corpo celeste?
- Pouca probabilidade, Capitão, a julgar pelo formato e pela velocidade. – afirma friamente o oficial Vulcano.
- Scott, relatório da engenharia.
- ainda sem energia, Capitão. Os cristais vão levar umas horas para se refazerem. Só temos energia para meia dobra. – Explica.
- Então usamos essa energia nos escudos ou em dois torpedos Fotônicos... – analisa Kirk. – Sr. Sulu, Scott, quero metade dessa energia no escudo frontal e metade num torpedo.
- Tenente Uhura, abra a comunicação com os tripulantes da Enterprise. Tenho um comunicado. – Levanta-se o capitão de sua poltrona de comando diante da imensa tela de navegação da nave.
- Tripulantes da USS Enterprise, quem fala é seu comandante. Ponham-se a postos, nesse momento enfrentamos uma situação de alerta máximo. Não temos idéia do que poderemos enfrentar daqui pra frente. Por tanto contamos com a colaboração de todos a fim de resolvermos isso da maneira mais fácil e pacifica que sempre  pregamos. Caso não seja possível pela paz peço a cada homem e mulher nessa nave que estejam preparados para o combate. Sem mais, seu capitão James T. Kirk.
Cada pessoa no interior da nave se prepara para o pior após ouvirem seu comandante.
- Capitão, já temos contato visual. – Diz a tenente de comunicações Uhura.
- Coloque na tela, Uhura. – aponta Kirk enquanto se levanta de sua poltrona - Senhor Sulu, deixe o resto da força que temos em um torpedo fotônico.
Nesse momento surge no monitor da ponte da Enterprise uma nave cujas características são desconhecidas de todo o registro da federação. Os mais experientes oficiais estão tão surpresos quanto os novatos da tripulação.
Kirk interrompe o silencio da ponte de comando.
- Uhura, canais de comunicação em todas as freqüências. – antes de tentar contato Kirk comenta com Spock.
- Essa nave não pode ser Klingon ou Romulana. Eles não tem tecnologia para atingir tal velocidade.
-Sr. Chekov faça uma avaliação do que esta nave dispõe em material bélico.
Vinte segundos depois.
- Capitão, a nave está desacelerando.
- Obrigado, Sulu. Chekov?...
- Capitão, os instrumentos mostram que possuem canhões laser.
- Hmm... – Kirk avalia a situação e constata que não tem como fugir de uma nave que possui tal velocidade e com pesado armamento. A enterprise sofreu graves danos também. E não é uma nave de corridas.
-  Capitão, temos um canal de comunicação. – diz Uhura.
- Abra a freqüência, Tenente.
Todos na ponte estão apreensivos.
- Aqui é a USS Enterprise, do Planeta Terra, nave de pesquisa e diplomacia da Federação de Planetas. Estamos em missão pacifica.
Após dizer essas palavras o capitão Kirk e sua tripulação permanecem em silencio. Os segundos passam.
Em seguida ouvem a resposta.
- Ok. Aqui é a “tripulação” da Millenniun Falcon. Se estavam buscando contato já conseguiram.
Kirk e seus oficiais entreolham-se. Acham curioso como o comandante da nave se reporta.
- Aqui é o Capitão James T. Kirk. Comandante da USS Enterprise.
Mais alguns segundos depois.
- Quem fala é Han Solo, “Comandante” da Falcon e esse é meu primeiro oficial e chefe da engenharia, Chewbaca.
A tripulação da enterprise ouve um imenso urro do que parece ser um animal.
E também frases irônicas.
-Ah, também estou com os lasers apontados para suas cabeças. E bom não tentar gracinhas. Já sei que vocês não têm força suficiente nem para abrir uma escotilha e não teriam como fugir da nave mais rápida da galáxia. Ah, e é bom que não sejam espiões do imperador.

> Fim da transmissão.<

Duvidas maiores agora se passam pelas cabeças dos oficiais de Kirk. Todos foram treinados a lidar com o desconhecido. Mas esta é sem duvida uma situação de extremos. Numa galáxia distante, e talvez a muito tempo de onde deveriam estar.
- E quem diabos seria esse imperador? – Diz McCoy enquanto gesticula com os braços.
- Isso é o que iremos tentar saber, Magro. Mas uma coisa é certa. Esse ser Han Solo, também não certeza que somos ligados a esse imperador, caso contrario, acredito já estaríamos em pedaços.
- Uhura...
- O canal está aberto, senhor.
- E quem ou o que seria este imperador a que se refere, Comandante Solo? Eu e minha tripulação não temos idéia do que se trata. Como disse essa é uma nave diplomática a serviço da Federação Unida de Planetas.
- Jim?
- Diga, Magro...
- Esse Han Solo parece ser um comandante experiente e eles devem saber da real situação da enterprise – indaga McCoy.
- Não sei, magro. Como você mesmo disse: Ele parece ser experiente. E isso não deve estar claro em seus sensores. – ressalta o preocupado capitão Kirk.
- Scott, como está a situação na engenharia?
O ofegante oficial engenheiro responde entre barulhos de motores e vozes de seus subordinados.
- Senhor, a situação não é nada boa. Os cristais de Dillitium estão exauridos... – mais barulhos interrompem a comunicação – dentro de talvez meia hora teremos força nos motores de impulso.
- E os motores de dobra, Scott?
- Dobra, Jim?! No momento nem com bruxaria. Teremos dobra talvez em uma semana!
- Inferno! – pragueja Kirk diante de tal situação de indefesa.
No interior da Millennium Falcon, Han Solo avalia a situação.
- O canal de comunicação tá desligado, Chwie?
O Wookie gesticula que sim com um grunhido.
- Não é estranho essa nave, desse tal Kirk, aparecer justamente agora, durante essa crise e tão perto desse planeta que acaba de se juntar a rebelião. – diz Solo enquanto aponta para um monitor que exibe uma analise da USS Enterprise.
- E esse planeta terra que ele diz...e essa federação de planetas unidas... Mas estranho ainda. O fato é que aquela não é nem de longe uma nave de guerra...
Chewbacca urra novamente e gesticula também.
Sim, sim... e nem de corrida. Parece ser muito lenta para isso. Pode ser mesmo uma nave diplomática. – Conclui Solo.
O Wookie urra novamente.
- Certo, amigo, vamos levá-los até Luke. Ele pode usar seus truques Jedi para avaliar melhor a situação. Abrange o canal de comunicação, Chuie.
- Capitão, temos um chamado da Millenniun Falcon.
- Abra, Uhura. – Diz kirk levantando-se novamente de seu assento. Capitão Kirk falando.
- Kirk – novamente o tom de ironia é notado por todos na ponte da Enterprise – minha nave esta me dizendo que vocês não tem força para dar uma volta num asteróide, então peço, “gentilmente” que me acompanhem. Aviso: não tentem nenhuma gracinha, ok. Desligando.
Mas apreensão na ponte da enterprise.
- Jim?
- Não nos resta muitas alternativas, Magro. Spock...?
- Capitão, na atual conjectura, o mais lógico seria concordar com esse ser Han Solo. Sem dúvida, seria o tempo necessário para engenheiro Scott restabelecer a força da nave.
- Muito bem, Spock, é o que faremos. Sulu força de impulso a diante, siga as coordenadas da Falcon.
Algum tempo depois a Enterprise, seguindo a Millenium Falcon, chegam a órbita de um solitário planeta envolto em uma estranha névoa magnética, com seus três satélites naturais e girando em torno de duas estrelas gêmeas. Os neurocomputadores da enterprise avaliam que essa névoa funciona como uma defesa natural para o planeta contra a intensidade das estrelas e aparentemente atrapalharia a comunicação e detecção por instrumentos.
- Capitão.
- Sim, Uhura.
- Uma mensagem codificada da Falcon.
- Codificada, Uhura...?! – Kirk é interrompido por seu oficial de ciências.
- Usam essa codificação por causa da nevoa magnética desse pequeno planeta, Capitão.
- Pode ser, Spock... Pode transmitir, Tenente Uhura.
Mais apreensão na ponte da enterprise.
-Kirk, aqui é Solo. Você e uns poucos de seus oficiais são aguardados na superfície do planeta. Claro que desarmados. Qualquer sinal de hostilidade não será bem recebido, eu garanto. Uma de nossas naves de apoio os levarão. > fim da mensagem<.
FIM DO TOMO 1